terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Qualquer espécie de amor...


Qualquer espécie de amor...

Cuidar, olhar com desvelo,
ainda que as palavras ditas,
tal qual lâminas
afiadas,
extremamente afiadas,
tenham decepado
em nós
qualquer espécie de amor...

Cuidar, olhar com desvelo,
porque o sangue não parou
de escorrer,
molhando, manchando
entre nós
qualquer espécie de amor...

Ilustração: Modigliani / Jeanne-Hebuterne

12 comentários:

Serena Flor disse...

Estou vendo seu blog crescendo e isso me deixa muito feliz.
Ele é extremamente belo e de muito bom gosto e suas poesias dispensam qualquer comentário...são maravilhosas!
Beijos e ótima noite pra você meu querido!

Valéria disse...

Rangel, mais um lindo poema!
Sou sua fã de carteirinha, vc sabe.
Seu blog está perfeito... Parabéns!
E obrigada, Valéria

Paula Barros disse...

Ao ler pensei assim, ai, olhar e cuidar com desvelo e qualquer espécie de amor...
Para mim é tão difícil. Tão sofrido.


Porém, embora o tema tenha me trazido outras questões, gosto da sua forma de escrever. São sempre intensos.

abraços

Sueli Maia (Mai) disse...

'...Qualquer maneira de amor vale a pena...qualquer maneira de amor, valerá...'

'...O amor ou um gen da mesma cor, cintila em mim...'

São tantas as possibilidades do amor se manifestar. Eu encontrei em uma situação limite de um jovem adolescente, a clara compreensão de uma faceta do amor que o consenso não cria ser amor posto que parecia ser amor egoísta em que não cabia um outro, além de si.

Pois, se o jovem a quem vi quase morto poe tentativa de suicídio, tivesse esse tipo de amor - o amor a si, ele não teria tentado tirar a própria vida.

Quem sabe de si?
Apenas cada um sabe o que em si, sente.
Assim, qualquer maneira de amor, vale a pena para que permaneçamos vivos.

O amor, sempre vem.

Beijos.

Mai

Adriana Riess Karnal disse...

qualquer amor e um modigliani, ai que lindo!!!

gabyshiffer disse...

Você fala do amor divinamente neste poema...
Um amor que sangra, que foi decepado...
Parabéns meu amigo
Boa noite pra vc
Beijos

Sônia Brandão disse...

Um amor que dói, sangra. Mas é amor...
Belo.
Abraços.

Erica de Paula disse...

Ah, gostei mt daqui!!!

Me tornei sua seguidora tb, lindo blog, lindo poema!!!

Voltarei sempre, obg pela visita!

Anônimo disse...

pura e sanguinária verdade.

Escrevendo na Pele disse...

Delicioso poema de primeira qualidade! Ficarei por aqui, pois, o blogue desfila elegância. Tô dentro!

Ava disse...

Hoje puxei a cadeira e sentei para um dedo de prosa...
Seria mais um monólogo...rs
Aqui fiquei a admirar e me encantar com seus poemas!

Destaco "Vazio", não achei a data da postagem, mas é simplesmente lindo!

Vc verdadeiras maravilhas por aqui...Quanta sensibildade!

Beijo avassalador!

Ava disse...

rsrs...

Obrigada!
Um carinho e tanto!

Beijos