Grito
Desce pelas montanhas
um grito seco, desesperado,
que arrepia todas as almas
até então tranquilas.
Menos a minha!
Todos sentem um nó
na garganta que oprime,
assusta e faz
o sangue congelar nas veias.
Todos, menos eu!
Olhos esbugalhados,
tremendamente apavorados,
revelam o pavor que
cada um sente.
Cada um, menos eu!
Não sinto o nó na garganta.
Meu sangue não congela.
Meus olhos não mostram pavor.
O grito não me apavora.
O grito é meu!
Desce pelas montanhas
um grito seco, desesperado,
que arrepia todas as almas
até então tranquilas.
Menos a minha!
Todos sentem um nó
na garganta que oprime,
assusta e faz
o sangue congelar nas veias.
Todos, menos eu!
Olhos esbugalhados,
tremendamente apavorados,
revelam o pavor que
cada um sente.
Cada um, menos eu!
Não sinto o nó na garganta.
Meu sangue não congela.
Meus olhos não mostram pavor.
O grito não me apavora.
O grito é meu!
5 comentários:
Rangel,
Belíssmo poema, forte, cheio de expressão, que nos leva realmente ao estado que nos encontramos as vezes, com o nosso grito dentro de nós...
Peço permissão para postar no meu Blog.Preciso desse Poema lá comigo.
Abraços carinhosos,
Reggina Moon
Regina
Será um prazer estar em teu blog.
Vc é muito especial.
beijo
Rangel,
Lindo poema!! Parabéns!!
Ótima semana!! Abraço!
P.s.: obrigada por fazer parte do meu blog... seja muito bem vindo!
...há gritos e gritos
ecoando pelo universo
que se cala para ouví-los,
e assim absorvê-los todos.
muitos deles são ruídos
da imperfeição do ser.
outros tantos pedem
tão somente um pouco
de atenção.
e há ainda aqueles
que extravazam o prazer.
gritos portanto, serão
sempre válvulas necessárias
a todos nós, poços de sentimentos.
bj, bj
Rangel,
Esse grito que é teu e que não dá nó na garganta, não congela o teu sangue, nem te apavora, cheira a um grito de imenso prazer! Grito esse que exterioriza momentos ímpares...
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