Barcos
Como lagos de águas frias, tenho atravessado noites, madrugadas, como quem rema, observa e não chega a nenhum porto. Sina de navegante inculto, certamente, sem preparo para a arte da navegação. E doem-me as mãos, ardem meus olhos. Vazio meu coração. Quero, no entanto, que não me faltem águas a serem percorridas, nem dores que me acompanhem. E não quero. Isto mesmo, não quero que os portos ou as margens surjam. Sina de navegante inculto...
Ilustração: t3.gstatic
9 comentários:
Que sejam rios plenos, que não te falte as águas que correm em ti, rema o teu barco e vais encontrar o teu mundo...
Um grande abraço, Querido Poeta.
Sempre se chega a um porto,
mas
nem sempre é o esperado.
Abraço, Rangel!
O inesperado é uma benção como já sabemos.
bjos
Anne
Continue remando, Rangel.
Saberás a hora de parar e descer.
E encontrarás o que procuras...
eu sei!
Valéria
As marés por certo trarão ao navegante o que tanto deseja. Por vezes ventos e tempestades escondem porto seguro, mas depois quando o sol brilha, tudo fica mais claro.
abraço
oa.s
Segue a luz que vês ao longe e encaminha o teu barco até ela...quanto mais perto estiveres, verás que a manhã já rompeu!
Saudades
GRAÇA
Gosto da forma como vc escreve introspectivo, visceral entra no mais profundo abismo de nós...
abraços
Nina Pilar.
Afinal de contas a caminha é o que conta ...
Na vida de um poeta há sempre águas para navegar, as palavras são cais noturnos.
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