quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Como faca


No gume desta faca é que se
conhecem os mais puros.
É no corte afiado dela,
no destrinchar das sangrentas vozes
que se colocam em ordem
os pensamentos, as vontades.
É no gosto, no sabor do sangue
dos inocentes que se fazem
os culpados...

Os passageiros e os eternos.
Os reais e os imaginários.



Ilustração: oimparcial

7 comentários:

Sandra Gonçalves disse...

É no gume desta faca que nos fazemos em pedaçõs...
Pedaços do que fomos e do que nunca conseguiremos ser.
Bjos achocolatados

Gislãne Gonçalves disse...

E de preferência que essa faca esteja bem afiada.

bjos

Janaina Cruz disse...

O brilho da faca as vezes nos serve de espelho, o que corta, nem sempre é o que mais faz doer... Perfeito!

Anne M. Moor disse...

Rangel

Adoro (estou repetitiva) o jeito que falas nas entrelinhas a poetar - o verdadeiro poeta!

A perspicácia do ler acompanha a agudeza do viver, nénão?

Beijão
Anne

Vinícius Paes disse...

É no gume da faca que se tem inspiração. É no sangue dos inocentes que se faz poesia.

grande abraço.

Sandra Gonçalves disse...

Passando para desejar-te um lindo final de semana. Bjos achocolatados

Danoca pin disse...

Adorei as palavras!!