quinta-feira, 19 de maio de 2016

Calemo-nos




e quando as palavras não
vêm à boca,
entaladas entre a
ira e o receio de
fazerem sangrar passados?

e quando as palavras têm
o peso exato
do que se quer dizer
e a garganta se fecha
apenas para nos poupar?

calemo-nos, pois...





3 comentários:

Lucia disse...

pois é...

Valéria disse...

"Calemo-nos", poeta!
Entendo bem...
pois é...
Carinhosamente, Valéria

Graça Pires disse...

Cercamo-nos de palavras para amenizar o peso do silêncio, tantas vezes necessário, tantas vezes urgente...
Beijos.