Não têm direito às noites de lua cheia
aqueles que, vacilantes na vida,
não encontraram seu lugar na varanda.
Condenados à escuridão do abandono,
adaptam-se à pouca luz.
E fogem até dos dias claros
buscando quartos cerrados,
a ausência de palavras,
o deserto de emoções...
Ilustração: gstatic
7 comentários:
Muito lindo... Lindíssimo!
Apesar de triste, mas esse tem que ser publicado viu? No teu livro.
Amigo, falas da escuridão, do deserto de sentimentos... Mas sei que tua alma é clara e cheia de amor.
Abraço na alma tua.
Bjos!
Chris...
...não somos timoneiros
de nossas escolhas,
meu doce poeta?
se podemos sentar sob
o clarão do dia,
por que abraçar o negro
da noite?
um beijo imenso!
Triste e lindo eu diria!
:)
"Não têm direito às noites de lua cheia...", Poeta, isso é sério... e triste tb!
Concordo com a Chris...
Valéria
Rangel
Não sei qual a metáfora que mais gostei deste teu poema... Flui como a água de um rio o teu poetar.
Grande beijo poeta meu :-)
Anne
Ter direito às noites de lua cheia e a todas as manhãs claras... Tenho medo do escuro...
Beijos.
Adorei!
Escolhas, escolhas, escolhas
Assim é a nossa vida!
Devemos mesmo amar também
as consequências delas.
A luz nos traz brilho
assim como a escuridão...
Desde que continuemos nos enxergando com nossa Luz interna.
Abraços
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