segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Quartos escuros


Não têm direito às noites de lua cheia
aqueles que, vacilantes na vida,
não encontraram seu lugar na varanda.
Condenados à escuridão do abandono,
adaptam-se à pouca luz.
E fogem até dos dias claros
buscando quartos cerrados,
a ausência de palavras,
o deserto de emoções...


Ilustração: gstatic

7 comentários:

Chris... ჱ-;-- disse...

Muito lindo... Lindíssimo!
Apesar de triste, mas esse tem que ser publicado viu? No teu livro.

Amigo, falas da escuridão, do deserto de sentimentos... Mas sei que tua alma é clara e cheia de amor.

Abraço na alma tua.
Bjos!

Chris...

Vivian disse...

...não somos timoneiros
de nossas escolhas,
meu doce poeta?

se podemos sentar sob
o clarão do dia,

por que abraçar o negro
da noite?

um beijo imenso!

Gislãne Gonçalves disse...

Triste e lindo eu diria!

:)

Valéria disse...

"Não têm direito às noites de lua cheia...", Poeta, isso é sério... e triste tb!
Concordo com a Chris...
Valéria

Anne M. Moor disse...

Rangel

Não sei qual a metáfora que mais gostei deste teu poema... Flui como a água de um rio o teu poetar.

Grande beijo poeta meu :-)

Anne

Graça Pires disse...

Ter direito às noites de lua cheia e a todas as manhãs claras... Tenho medo do escuro...
Beijos.

Marli Andrade disse...

Adorei!

Escolhas, escolhas, escolhas
Assim é a nossa vida!
Devemos mesmo amar também
as consequências delas.
A luz nos traz brilho
assim como a escuridão...
Desde que continuemos nos enxergando com nossa Luz interna.
Abraços