sábado, 16 de junho de 2018

FIGUEIRA DA FOZ: DA CASA QUE ME SEPARA DA INFÂNCIA


GRAÇA PIRES


Da casa que me separa da infância
avista-se o lugar onde as águas
mais espessas do do rio se juntam ao mar.
A foz. A ondulação crescente
desafiando as areias.
As marés tão altas que faziam brilhar
os peixes e assinalavam, no farol
o lugar onde as gaivotas
podiam começar a enlouquecer.
Era aí a casa que me separa da infância.





4 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Uma excelente escolha, um poema muito bonito.
Um abraço e bom fim-de-semana

Alfredo Rangel disse...

Obrigado, Elvira. Graça Pires é, sem dúvida, uma grande poeta e uma figura humana maravilhosa.

Graça Pires disse...

Meu querido Amigo, bem-haja pelo carinho e pela divulgação do meu poema. Fico sem palavras para lhe agradecer. Um bom domingo e um beijo.

Alfredo Rangel disse...

Graça, é realmente um prazer enorme poder postar uma de suas poesias maravilhosas. Para quem, como eu, ama a poesia, sua obra é imprescindível. Saiba que é uma honra, para mim, poder falar-lhe e sentir que entre nós existe uma excelente amizade. Você sabe o quanto amo a poesia e não se pode falar em poesia verdadeira sem mencionar teu nome. Me orgulho de poder falar-lhe... Beijo.