quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Sem respostas
Vem de longe este olhar agudo,
este brilho ponteagudo
no olhar.
E estas palavras inquietas,
um questionar amargo,
incisivo,
fantasmas que queimam
e dão o que pensar...
O tempo também fornece
facas e punhais,
constrói dúvidas e questões,
de forma mais urgente,
mais premente
do que respostas ideais...
ilustração: t0.gstatic
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Clamor
Uma voz clama no deserto,
com o mesmo timbre
do meu grito.
E as areias ardentes,
não conhecem gritos
ou sorrisos.
Conhecem o escaldar do sol,
dia-após-dia...
Nada interfere na sequência
dos dias,
na alternância das noites
geladas.
Uma voz,
sempre a mesma,
clama no deserto.
ilustração: t3.gstatic
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Casa vazia
a casa segue vazia.
a poeira,
em tudo depositada,
atesta este antigo
abandono.
vozes não são ouvidas.
nem lamentos.
nem sorrisos.
a casa segue vazia,
tanto quanto a
verdade!
nenhum encontro
se dá nesta casa!
nenhum encontro
se dá de verdade!
ilustração: t2.gstatic
a poeira,
em tudo depositada,
atesta este antigo
abandono.
vozes não são ouvidas.
nem lamentos.
nem sorrisos.
a casa segue vazia,
tanto quanto a
verdade!
nenhum encontro
se dá nesta casa!
nenhum encontro
se dá de verdade!
ilustração: t2.gstatic
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Luar
Não basta a claridade
da lua para impedir o
total negrume na noite...
Sem o brilho dos teus olhos,
de nada serve o pobre
luar...
ilustração: t3.gstatic
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Olhar de criança
Passa já do tempo ideal
para que toda esta farsa
seja substituída
pela claridade
de olhos
infantis...
Não se pode adiar esta mudança,
sob pena de que
esta criança, em breve,
crescerá
e que, assim,
todas as esperanças serão vãs...
ilustração: dataimage/jgp.base64
para que toda esta farsa
seja substituída
pela claridade
de olhos
infantis...
Não se pode adiar esta mudança,
sob pena de que
esta criança, em breve,
crescerá
e que, assim,
todas as esperanças serão vãs...
ilustração: dataimage/jgp.base64
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Arte
Grita tua dor
em cenários de teatro
mambembe
e finge,
interpreta,
teu grande papel,
teu grande espetáculo.
Assim se faz a
vida.
Como grandes atores
em premiadas
e grandiosas produções,
nos salões paroquiais de bairro...
ilustração: t1.gstatic
sábado, 6 de agosto de 2011
Doce rebeldia
Misturam-se
as memórias do passado
e já a minha vida
torna-se um rio
que obedece seu leito
docilmente...
Foram-se os tempos de
rebeldia.
Calou-se a voz da discórdia...
O tempo, este Senhor
imperativo,
intempestivo, cuidou de
me dar freios aos
instintos...
E a botar mel
nas minhas palavras...
ilustração: t1.gstatic/James Dean
as memórias do passado
e já a minha vida
torna-se um rio
que obedece seu leito
docilmente...
Foram-se os tempos de
rebeldia.
Calou-se a voz da discórdia...
O tempo, este Senhor
imperativo,
intempestivo, cuidou de
me dar freios aos
instintos...
E a botar mel
nas minhas palavras...
ilustração: t1.gstatic/James Dean
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Camponesa
Enquanto conduz seu barco
pelos mares que a camponesa
conhece,
vai o barqueiro seguro
de que não há águas
como estas...
E fica a camponesa
a sorrir:
não há, ela sabe,
barqueiro mais diligente...
De resto e
tão simples,
caules, hortas, gardênias,
mares,
prazeres que a vida
descobre...
ilustração: t1.gstatic
pelos mares que a camponesa
conhece,
vai o barqueiro seguro
de que não há águas
como estas...
E fica a camponesa
a sorrir:
não há, ela sabe,
barqueiro mais diligente...
De resto e
tão simples,
caules, hortas, gardênias,
mares,
prazeres que a vida
descobre...
ilustração: t1.gstatic
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