sábado, 18 de junho de 2016

RENATA CORREIA BOTELHO



Uma a uma, as sílabas do
teu nome, declino-as no jardim
sobre a laje, pedra de silêncio
onde pouso as dores quando a
cabeça só se encaixa na
concha das mãos.

No descampado herdado dos teus braços
jazem letras indispostas em
rouco desassossego.

Não era preciso ter andado tanto; dista apenas
um palmo da palavra à erva daninha.





3 comentários:

Graça Pires disse...

"dista apenas
um palmo da palavra à erva daninha."
Como gostei deste poema que tem um final tão subtil. Não conheço Renata Correia Botelho.
Um beijo.

Alfredo Rangel disse...

Graça, Renata Correia Botelho é uma poeta açoriana, de quem gosto muito. Parece-me que, inclusive, ela entrou para o universo da política nos Açores, o quê, me parece, diminuiu um pouco sua produção poética. Sem que ela perdesse qualidade. Vale a pena conhecê-la. Obrigado por tua maravilhosa presença. Sempre me honrando por aqui vir. Beijo.

Sensibilidade a navegar com poesias disse...

Amei o espaço que tens aqui, li alguns escritos e gostei, parabéns, voltarei