sábado, 28 de maio de 2011
Destino
Caminham, o homem e sua sombra, na infinita viagem a que foram destinados. Poeirenta, a estrada, tão velha quanto o homem, parece não ter chegada, contrariando assim a missão sagrada de todas as estradas, que é a de oferecer lugar onde ir a quem nelas acredita e caminha.
Incansáveis ou já completamente desesperançados, homem e sombra, impassíveis, cumprem seu destino sem que seus olhos revelem seus sentimentos.
Homem e sombra já caminham há muito e os pés do homem, impiedosamente torturados, não desistem deste caminhar, apesar do sangue derramado.
O destino os aguarda, afinal!
Seja ele qual for...
Ilustração: t1.gstatic
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Sombras
Vivas,
as sombras se movimentam
vagarosamente,
cautelosamente,
como bandido à espreita
de sua próxima
vítima.
Como serpente cercando
sua presa.
Crescem enquanto a tarde
cai,
sorrateiras,
como mentiras ditas
em sussurros!
Ilustração: t3.gstatic
as sombras se movimentam
vagarosamente,
cautelosamente,
como bandido à espreita
de sua próxima
vítima.
Como serpente cercando
sua presa.
Crescem enquanto a tarde
cai,
sorrateiras,
como mentiras ditas
em sussurros!
Ilustração: t3.gstatic
sexta-feira, 20 de maio de 2011
De ninar
Doce e simples,
como cantiga de ninar,
são teus sorrisos,
teus olhares.
Vem o sono e
o sonho,
só em te adivinhar
presença...
Ilustração: t1.gstatic.com
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Encontro
Sonhos são feitos de
silêncios,
porisso, sempre sussurrados.
Sonhos são feitos de
encontros...
Silenciosos encontros.
Ilustração: t3.gstatic.com
domingo, 15 de maio de 2011
Barcos
Como lagos de águas frias, tenho atravessado noites, madrugadas, como quem rema, observa e não chega a nenhum porto. Sina de navegante inculto, certamente, sem preparo para a arte da navegação. E doem-me as mãos, ardem meus olhos. Vazio meu coração. Quero, no entanto, que não me faltem águas a serem percorridas, nem dores que me acompanhem. E não quero. Isto mesmo, não quero que os portos ou as margens surjam. Sina de navegante inculto...
Ilustração: t3.gstatic
sábado, 14 de maio de 2011
Voa a vida
a vida,
inadequadamente guardada
dentro daquela
gaiola,
simulando felicidade,
cantando
como um pássaro...
ou talvez liberta,
como outro pássaro,
este sem simulações,
feliz...
talvez!
Ilustração: t1.gstatic
terça-feira, 10 de maio de 2011
Paira no ar
Porque paira no ar um
momento tão solene
e porque vivo este
momento,
me comovo!
Porque dele compartilhas,
novamente me divido
entre o prazer do
momento
e o da tua presença...
Ilustração: t0.gstatic
sábado, 7 de maio de 2011
Silenciosos pardais.
Silêncios são aves tão pequenas,
tão delicadas.
Parecem, também, até
vestidas de asas
e de uma plumagem tão
leve
e de uma vida tão
breve.
Silêncios sobrevoam cidades,
exatamente como
pardais.
E morrem,
silenciam,
se não lhes aceitarmos
assim...
Ilustração: t3.gstatic
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Pra sempre!
Onde está aquele
olhar curioso,
tão envolvente,
tão forte?
Escondido atrás daquele
sorriso?
Refém da felicidade dos
puros?
Ele não precisa mais disto.
Prá sempre!
Para Maria Marta Rangel
Ilustração: dataimage
olhar curioso,
tão envolvente,
tão forte?
Escondido atrás daquele
sorriso?
Refém da felicidade dos
puros?
Ele não precisa mais disto.
Prá sempre!
Para Maria Marta Rangel
Ilustração: dataimage
Assinar:
Postagens (Atom)