Não conheço os pássaros pousados
naquela árvore.
A árvore, sequer, reconheço. Nem
este caminho um dia vi.
Nunca o trilhei.
Sensação de desamparo, insegurança.
Nunca ouvi teu idioma,
mal consigo perguntar quem és...
O estranho é que estranho sou eu -
não é aqui o meu lugar.
Vagamente lembro de você.
E me lembrar de você é tudo
o que me basta, tudo o que tenho.
Estou em casa...
imagem obtida no blog honoriodemedeiros.blogspot
9 comentários:
Suspiro pelo que ontem fui buscar, chorando o tempo já desperdiçado. Pranteio dor que o amor já superara, deplorando o que desapareceu. Mas, poeta, se em ti penso um momento, vão-se as perdas e acaba o sofrimento.
William Shakespeare
Beijo... Maluquinha
Rangel,
"O estranho é que estranho sou eu -
não é aqui o meu lugar."
Pq nos sentimos assim?
Acredito sermos todos iguais, mudamos apenas de endereço.
Valéria
Lindíssimo poema e sentimentos de tirar o fôlego!
Bjão
Anne
nos sentimos assim, em silêcio interno, ainda que a boca não pare de sorrir e falar,representamos, quase sempre, aquilo que os outros querem ver, para o nosso bem, para nossa sobrevivencia!
Estar em casa é estar entre as coisas ou sentimento que conhecemos, nossos ou não.Muito bom o poema!
passa na minha casa..
bjs.Sol
bello idioma
bello blog
Boa tarde, Rangel. Se a estranheza não te causa dano permanente, tanto que a memória te faz sentir em casa, receba dela o melhor que tem a te oferecer, ainda que o terreno não seja por ti conhecido.
Beijos na alma e paz!
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