quinta-feira, 10 de maio de 2012

Insistência...


Meu pai quinze vezes já morreu,
sempre ao final da tarde,
quando a luz do dia morria
também!

Da última vez, acordei cedo
e me lembro que pouco antes,
ainda úmida a noite,
escrevia um poema,
sonhando...

Não sonhava mais aquela última
morte!


ilustração: flickr.com

Um comentário:

marlene edir severino disse...

Nas manhãs
o frescor, a promessa...

Abraço, Rangel!