quarta-feira, 6 de junho de 2012

Pôr do sol


Olhava, toda tarde, o pôr do sol,
sombras engolindo lentamente
esperanças.
Rotina de olhos úmidos, imóveis,
rotina de nó na garganta.
Nada ouvia, até,
não importando se ruído, se voz.
O silêncio perdurava até
o amanhecer, parecia.
Não era vida, mas castigo...
Quanto tempo mais?
Só ela sabia.
Só ela sabia se um dia voltaria...




ilustração retirada de casepagam.blogs.sapo.pt



3 comentários:

Maria Emilia Moreira disse...

Um belo poema. Sensibilidade à flor da pele.
M. Emília

Anônimo disse...

Rangel

Um lindo poema, mas tãooooooooo triste... :-(

bjs
Anne

Sonia Schmorantz disse...

Toda tarde morremos um pouco, e junto nossas esperanças, mas não esqueça que depois vem um novo amanhecer! Um bonito poema!
Tenha um bom dia