domingo, 13 de março de 2016

LUÍS MANUEL GASPAR



( ... )


Nada poderá trazer um navio de volta
a este porto prometido às trevas
e ao visco.
No jardim que deixamos para trás
(e lembra hoje uma única teia de tamiça e estopa)
cresceram as luzes da visitação.

Não seguimos o rio, não iremos juntos.
Só damos de nós o que jamais
poderão ver.


( ... )



Poesia obtida em  arquivodecabeceira.blogspot.com.br,
a quem muito agradeço e recomendo.





3 comentários:

Célia M Cavaco disse...

Um ponto de encontro este blog.
Pela poesia,e na poesia navegamos...

Puta de Mel disse...

Caro Amigo Alfredo Rangel!

Há uma coisa que preciso te contar. Sabes que não sou poeta, mas que amo a poesia como se tivesse nascido com ela dentro de mim. Um dia ousei escrever uns versos inspirada no seu "Alma Tua". Escrevi e publiquei, agradou a muita gente sensível... mas, exigente demais comigo mesma, nunca tive coragem de dizer a ninguém que os versos eram meus... e eles estão órfãos até hoje. Quem sabe um dia eu os mostre a vc?
Gosto de vir aqui pra ler o que escreves e o que publicas de outros poetas.
Obrigada por compartilhar tantas coisas lindas.
Abraço carinhoso!

{W_[amar yasmine]}

Graça Pires disse...

"Só damos de nós o que jamais
poderão ver."
Lindíssimo este poema! "As luzes da visitação" talvez tragam o navio de volta, embora a solidão seja tão traiçoeira como o mar...
Parabéns ao autor.
Um beijo, meu amigo.