sábado, 11 de dezembro de 2010


É quando a noite chega,
envolvida num denso e doce
silêncio,
que meu peito explode.
E parece em mil partes dividir-se.
Não há surpresas.
Não há tocaias.
É dor anunciada, crime
premeditado.

E tua ausência assume, assim,
ares de criminosa.


Ilustração: celas.jpg

11 comentários:

Penélope disse...

As ausências são sempre criminosas.
Matam-nos, aos poucos...
Belo poema!
Abraço

Marcia M. disse...

rangel
a sua poesia é especial e fala ao coração!!!

a criminosa talvez seja presa em coração!bjs!

Anônimo disse...

Lembrei-me de um poema de C. dRummond de Andrade "Ausência"

Lindo poema.

:)

armalu,blogspot.com disse...

Fred desta vez, coitadinha dela rsrs beijo amigo

Anne M. Moor disse...

Rangel, poeta do sentir...

A noite é sempre pior. É quando queremos nos achegar à pessoa amada.

Poema denso e sentido. Lindo jogo com as palavras.

Beijos muitos
Anne

Maria Maria disse...

Eu é que me debruço e me encanto com essa casa.
Estou gratíssima com o comentário sobre a minha poesia.

Um grande abraço,

Maria Maria

Vivian disse...

...não se renda às ausências,
tens a ti, meu poeta querido!

bjbj

Chris... ჱ-;-- disse...

Lindo e inteligente o poema!
Meu amigo,
O título e o desfecho mostra o quanto você sabe usar as palavras...
Belo!!
Amei...

Uma semana de muita paz e amor.

BJOS MILL

Anônimo disse...

Cada vez que volto, não me arrependo de estar lhe seguindo

Sandra Regina disse...

Moço!!! Que coisa linda!! "denso e doce silêncio"!!! Tão sonoramente dolorido quanto belo... música entoada com profundidade! Sou fã. bjo

intervalo disse...

O silêncio às vezes é tudo que desejamos,querido poeta.Linda poesia.Desejo-lhe uma semana encantadora.beijoss