segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Caminho...
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Momento
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Esperança!

Gostava de ver os barcos partindo
assim, na escuridão,
ainda dia não feito.
A esperança agarrada aos olhos de cada
pescador,
gritando alto que este dia sim, seria bom.
Que os barcos voltariam pesados,
tomados de tantos peixes...
Gostava de vir todo dia.
A esperança renovada!
Não gostava de vir à enseada na volta da jornada.
Não gostava de ver o resultado.
Não eram os olhos da vitória ou
da derrota que me tocavam,
mas os da esperança...
A esperança, esta sim, me encantava.
E ela estava toda nos olhos deles,
todas as manhãs,
não importava o dia de ontem...
Ilustração: gstatic
domingo, 16 de janeiro de 2011
Regar saudades

Que outro destino pode ter a chuva,
que não o de cantar no telhado
sua doce melodia em noites de solidão?
Que companhia pode ser mais agradável?
Te aquieta!
Deite-se e ouça.
Deixe que tua alma vague e viaje e
que busque nestas gotas tão calmas
os olhos que se foram...
A chuva, afinal, também rega saudades...
Ilustração: flickr
sábado, 15 de janeiro de 2011
Por teimosia
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Soledade Santos

Não precisamos de muita coisa
( Soledade Santos)
Não precisamos de muita coisa,
um pouco de sol e as berlengas no
horizonte,
a tarde escorrendo na cafeteria,
os nossos olhos lentos e as vidraças
subitamente acesas no esplendor das
bátegas,
patos selvagens erguendo-se na lagoa
quando sairmos e ao vento frio
oferecermos
a transparência dos lábios cercados
pela melancolia da tarde que se nos finda.
E à noite talvez as mãos
ardidas de saudade e em surdina
uma canção de Ella e Louis Armstrong.
Ilustração: gstatic
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Nos jardins

O terreno, extenso, era inclinado.
Descia a partir da casa, suavemente,
em direção à barranca do rio.
Levava na descida todas as lembranças
que, há muito, envelheciam com ele.
Sentia, ainda, o sabor do passado
e as angústias todas vividas naquela casa.
Lembrava dos longos silêncios compartilhados
e dos olhares tão doloridos.
Grande no passado, a casa era, agora,
muito pequena para abrigar tantas memórias.
Porisso passava grande parte das horas
do dia fora de casa, no jardim,
onde, sem olhar nos seus olhos,
ela lhe dissera adeus...
Ilustração: gstatic
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Quartos escuros
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Meu lugar

Fecho os olhos e volto a ver tudo.
Todas as pessoas, completas ou não,
todos os lugares
de sonhos e de dores.
Fecho os olhos e eles recuam no tempo.
E me mostram sons, luzes, momentos
que o futuro nunca apagou.
E ouço vozes
e sinto olhares e ventos
e caminho.
Por cada esquina, cada café,
cada recanto que
teimosamente ainda estão lá.
Menos eu!
Ilustração: trekearth
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