quarta-feira, 13 de março de 2013

Doçura



Do meu lado esquerdo,
quando olho de frente para a estrada,
do lado leste,
tem uma solitária e antiga mangueira
que ano após ano tem
adoçado minha boca com aquele
delicioso caldo amarelo,
sem nada exigir além da
minha presença junto a ela
sempre que está carregada de frutos.
É mansa e calma,
como deveriam  ser as pessoas.
E ela ainda oferece, além de tanta
doçura, uma sombra sempre
fresca, um refúgio sem igual, sempre
que o sol insiste em seu açoite.

E isto, nem se pede às pessoas...



imagem retirada do blog orisval.wordpress.com

6 comentários:

Ateliê Tribo de Judá disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Vida
Um doce beijo..

"Não é em imaginação que fico mais calma e que me encho de esperança quando olho o céu, as nuvens, a Lua e as estrelas. É um remédio melhor do que a valeriana e o bromo. A natureza torna-me um ser humilde, torna-me capaz de suportar melhor todos os golpes."
(Anne Frank)

... Maluquinha

Anne M. Moor disse...

Lindo poema! A vida pode ser doce, é só querer...

Maria Emilia Moreira disse...

Olá, boa noite!
Quão bela é essa estrada que oferece a sombra e o fruto duma árvore amiga e companheira dos dias de canícula!
Simplesmente deliciosa e sábia a sua poesia.
Um abraço.
M. Emília

Unknown disse...

Exigiu presença, mostra que é exigente.
Beijos!!

Marisete Zanon disse...

Nem se pede mesmo Rangel, elas dão apenas se quiserem...A vida é assim...