JUAN RAMON JIMENEZ
Eu não voltarei. E a noite
morna, serena, calada,
adormecerá tudo, sob
sua lua solitária,
Meu corpo estará ausente,
e pela janela alta
entrará a brisa fresca
a perguntar por minha alma.
Ignoro se alguém me aguarda
de ausência tão prolongada,
ou beija a minha lembrança
entre carícias e lágrimas.
Mas haverá estrelas, flores
e suspiros e esperanças,
e amor nas alamedas,
sob a sombra das ramagens.
E tocará este piano
como nesta noite plácida,
não havendo quem o escute,
a pensar, nesta varanda.
Imagem obtida no Google
2 comentários:
Também faz parte da minha estante de poesia este poeta andaluz que procurou a beleza, revelando-a na expressão poética. Este é um poema muito belo.
Beijo.
Me encanta este blog y su labor difusora de la buena poesía. ¡Felicidades!
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