terça-feira, 29 de março de 2011

Descampado

Sou, dos caminhos, o mais longo,
das mentiras, a mais sórdida.
Incompleto espantalho.

Chovem, em mim,
todos os motivos de chuva.
Meus lábios ficam secos,
mesmo em manhãs
sem sol.

Infinito o descampado que me cerca:
tua ausênca e mais nada...

Ilustração: Broodin Woman, Gauguin

11 comentários:

Franco disse...

Bela poesia,e bela imagem.
Gauguin era cores quentes e sensualidade.Muito bom para uma poesia.
Meus cumprimentos.

Tania regina Contreiras disse...

Chuva de muitas razões e um poema tão belo!
Beijos,

marlene edir severino disse...

Rangel,

Sempre adentrar às profundezas e deixar a chuva lavar a alma...

Um abraço

Marlene

Debora Mota disse...

Inspirador.

Marcia M. disse...

é lindo ! essa ausencia que nos consome bjos poeta!

Anne M. Moor disse...

Tão triste Rangel, tão sentido...

Entretanto, teu poetar é poesia pura!

Beijo grande e abraço apertado
Anne

tecas disse...

Aqui também chove, mas não me deu tão soberba inspiração,poeta Rangel
Lindo poema, embora triste ( os poemas tristes quase sempre são os têm mais beleza, acompanhado de uma magnifica imagem, faz um casamento perfeito.
Adorei.
Parabéns e um abraço amigo.

Ítalo do Valle disse...

Mesmo nos descampados mais longos e compridos vê-se um horizonte...
No seu vejo poesia!

Um grande abraço!

Editora Feminas disse...

Silêncio... seus versos me calam de tanta beleza! MARAVILHOSO, moço! beijo

Soraya Chaude disse...

Oi!!! Quem será a dona deste coração??? que sorte tem Beijo

Unknown disse...

Belíssimo poema, parabéns pela poesia que vc respira e transforma em palavras. Olha, indiquei seu blog para receber o selo Blogger Stylish Award. Vá em meu blog e leia o post sobre o procedimento a ser seguido. Forte abraço.