sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tudo normal


Ali, abandonado ao sol,
inerte,
testemunhando a movimentação
das pessoas,
cegamente apressadas,
cada qual em sua faina.
E os carros,
atrevidos, ruidosos, brilhantes, coloridos,
a disputarem, violentos,
cada centímetro.
E os relógios, velozes,
querendo chegar com tanta pressa
a
lugar nenhum.

Ali, abandonado ao sol,
inerte,
ele sente, sabe, que tudo segue
dentro da normalidade...


ilustração: t3.gstatic

6 comentários:

Fred Caju disse...

Mas o sol não deixa de ser uma boa companhia.

Anne M. Moor disse...

Rangel :-)

Ainda bem! Aproveita o calorzinho gostoso do sol a te abraçar...

beijão
Anne

Eloah disse...

Dentro da normalidade já é algo muito bom.E o sol então? Aqui a Ilha se enfeita de sol, flores e cores.O coração também.Mensagem firmada.Bjs Eloah

Célia disse...

Seu poema levou-me a refletir sobre a sabedoria e serenidade que só adquirimos com o passar do tempo terreno. Ao sol, à lua, à chuva, ao tempo enfim percorremos com nosso olhar a velocidade física de quem não cultiva sua alma... é a normalidade dos tempos!
Belo poema! Abraço, Célia.

Gislãne Gonçalves disse...

O que é a normalidade? Boa ou ruim?

:)

Beijos

Simone butterfly disse...

Excelente, maravilhoso!