terça-feira, 25 de novembro de 2008

Hilda Hilst


Do amor
(Hilda Hilst)

Costuro o infinito sobre o peito
E no entanto sou água fugidia e amarga
E sou crível e antiga como aquilo que vês:
Pedra, frontões no Todo inamovível.
Terrena, me adivinho montanha algumas vezes.
Recente, inumana, inexprimível
Costuro o infinito sobre o peito
Como aqueles que amam.

Foto: http://i3.photobucket.com

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