segunda-feira, 6 de abril de 2009

Realidade


Realidade

Por que insiste este tempo,
em rastejar tão lentamente?
Por que não pode, como a vida,
passar mais depressa e revelar
cruamente a dura realidade?

Parece que ao se deter neste
momento de aparente paz,
quer me dar a impressão de
que tudo é tão puro e calmo
e que o mundo é doce equilíbrio.

Mal sabe ele que a vida já me
mostrou a realidade e que,
assim, perdi toda a confiança
no tempo que insiste em
rastejar.

Ilustração: Internet

14 comentários:

Valéria Oliveira disse...

Rangel, gosto demais do teu 'estilo'(?), jeito (?) de debruçar tua alma nos versos que tanto encantam e se fazem alimento para almas que admiram o belo, ...o belo simplesmente por ser...belo. Sem fragilidade, sem lugar comum...Parabéns!!
Pouco comento...Mas, policiar-me-ei e voltarei mais vezes. É o mínimo para traduzir o muito que admiro-te.
Forte abraçço, com muita admiração.

- disse...

A realidade pra mim nada é, vivo com a sensação de estar dentro de um sonho, tudo bem que nem sempre dá certo, mas a imaginação tá sempre por aí. Minha maneira de auto proteção contra coisas mundanas.

E sim, conheço a música. Muito linda por sinal.

Abraço

nydia bonetti disse...

A alma tua, exposta - assim teus poemas, Rangel. Sempre tão bom te ler...

Anne M. Moor disse...

Rangel...
A realidade sabe ser cruel as vezes e o tempo anda no seu próprio passo a nos provocar!!!

Poema que brota de um poeta de alma aberta! Linnnnnnnnnnnnndo...

Beijo

Palma da Mão disse...

O tempo...tão lento, e às vezes corre depressa demais, muito bonito:)
Beijinhos
Liliana

Alfredo Rangel disse...

Mariana

A grande vantagem desta tua idade é esta facilidade de sonhar. Preserve isto, se aproveite disto, sonhe. Imagino ser difícil para quem tenha sensibilidade aceitar esta realidade que aí está. Uma sociedade que só valoriza coisas materiais, onde as pessoas valem pelo que tem e não pelo que são. Um lixo. Sonhe muito. E transforme teus sonhos em uma nova realidade. O mundo, se quiser, que te acompanhe. Volte. Volte todo dia.
E ouça "The long and winding road".
Beijo

Unknown disse...

Rangel,

Não creia que o tempo
seja teu castigo, pois
que somente o tempo é senhor
dos teus desígnios,
Não tenha pressa, a hora é esta
e muito ainda há por ser fazer..
Acredite você, que as horas
que te embalam na calmaria,
é o tempo que a ti principia,
pensamentos renascer;
conecte-se com ele, agradeça,
nova aurora a despontar,
e o tempo te chama, e a ti conclama: Venha, me acompanha,
tá na hora de recomeçar...
Mas se esperas que o vento apareça,
alvoroçando a descrença,
creia que não é a sentença
que te promulga o viver,
mas a forma de a ti dizer:
Caminha, não esmoreça, você pode
e vai vencer!

Profundo teus poemas e me leva a pensar..
O relógio pára, mas o tempo
continua e os ponteiros parados
ficam na sede de o acompanhar, a gente dar corda e ele segue...
Assim somos nós, enquanto o tempo, continua a sua marcha...

Abraços
Livinh@__

Vivian disse...

...nem sempre a realidade
desconforta.
antes sim nos chama à razão.

sorry lindo.

viajei neste seu post.

bjussss

María disse...

Gracias por enlazar mi blog, puedes visitarlo y dejar tu huella siempre que lo desées.

Saludos.

M. Nilza disse...

Olá, Rangel!

Teus versos sempre são belos - achei estes um pouco tristes.

Beijos

Cristiano Melo disse...

É isso mesmo,
a velha relatividade do tempo. O Tempo ele nos mostra como não adianta espernear...Ele está lá, a despeito de nós. Muito bom poema.
abraços

- disse...

Também acho que é um lixo. Enquanto eu for capaz, estarei sonhando.
Volto sim, gosto muito da paz que o senhor transmite com suas poesias.
The long and winding road... Tem história!

Feliz Páscoa.
Abraço

Unknown disse...

Imortal...

Adoro o tempo que passo lendo seus poemas...


beijo.....ma

armalu,blogspot.com disse...

Queria dizer-te tanta coisa mas falta-me a vontade com medo de te magoar. te adoro.