quarta-feira, 13 de maio de 2009

Silenciosa

Silenciosa

Mesmo que eu desejasse total silêncio
e tivesse poder absoluto para alcançá-lo,
jamais poderia atender minha vontade.
Tua presença, por mais tranquila que seja,
é tão incrivelmente sonora, impossível de
não ser ouvida, mesmo que permaneças
calada por todo o tempo.
E, também, visível, mesmo na mais
completa escuridão.
Manifestações típicas de quem nasceu
para se destacar, se fazer notar, existir,
brilhar...
Assim é você!
Impossível de ser invisível, silenciosa,
calada, esquecida...
Por mais que eu não queira perceber!

Ilustração: Mulher / Pablo Picasso

13 comentários:

Ava disse...

Rangel, sabe que acabei de ler seu poema e fiquei aqui um tempo... meditando...
"Presença sonora", sabe que é interessante! Há pessoas que são mesmos "sonoras", impossível passar desapercebidas...
Inquietantte é quando "essa presença sonora", faz barulho perto da gente...

Paixão na certa!

Seu poema é lindíssimo!


Beijos avassaladores!

Ademerson Novais disse...

Hum..ler aqui tuas palavras é arriscar a ficar preso neles...é arriscar não conseguir se soltar das linhas...de tuas palavras...faz das palavras uma musica que a gente canta ao le-las...não consigo encontrar palavras para descrever mais o maravailhoso aqui...

Belo...

Ademerson novais de Andrade

Vivian disse...

...existem pessoas que
mesmo em silêncio deixam
ruídos aconchegantes dentro
de nosso ser.
presenças sonoras que invadem
os céus do bem querer.

um bj, poeta!

saudade...

Anne M. Moor disse...

E não queres perceber? Poeta que sabe brincar com as palavras... Palavras que carregam sentimentos profundos. Palavras lindas!

Beijo silencioso :-)

A garota do copo d'gua disse...

"No descomeço era o verbo. Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos. A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som. Então se a criança muda a função de um verbo, ela delira. E pois. Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos — O verbo tem que pegar delírio."

Por isso há pessoas sonoras, e vísiveis ainda que na maior das escuridões. Mas enxergar e escutar isso vai depender da sutileza de quem olha a beleza de quem inventou.

Além de pessoas sonoras, existe a saudade sonora. Hoje ele passa quietinho por mim e eu por ele, mas ainda dá para ouvir o barulho que a gente faz.

O misterio da vida está em delirar e assim viver verdadeiramente, se alimentando do que a vida tem de melhor a oferecer, uma força maior, encontrada nas menores coisas. imperceptíveis para alguns e funtamnetais para outros. sorte de quem se encaixar na segunda opção, e acho que é o nosso caso. Ainda bem.

bom restinho de semana!
beijos amelisticos! :*

Christi... disse...

Lindo Rangel, sublime poema.
Saudades que estava daqui, encontrado tempo mais nas madrugadas.
Estou aqui e maravilhada com a sutileza que flui as palavras certas pra descrever esse amor que não tem como ser invisível aos olhos, já que é visto na alma e no coração

beijos querido
Chris

Sônia Brandão disse...

São fascinantes as pessoas que nos chamam com seu silêncio. Mas nem todos conseguem ouví-las. Aqueles que as ouvem são também especiais.
Beijo.

Márcia Justiniano disse...

Perceber o que queremos,
é inevitável.
Mas será que é verdadeiro?

Palma da Mão disse...

Que lindo, realmente meu amigo, por vezes o silêncio acorda-nos de uma forma estrondosa, e só nos damos conta disso, quando já nos tomaram por inteiro...de corpo e alma...
Beijinhos
Liliana

DIFERENTE disse...

Estou deliciado após a leitura desta fantástica escrita!
Maravilhoso...

ASS: Diferente

Anônimo disse...

Como sempre, magnificas suas palavras... puro sentimento... sensibilidade... parabéns!!

Abraço!

Anne M. Moor disse...

Rangel,
Vai lá no http://www.mariaalcantara.blogspot.com/

Beijos

LadyM disse...

Sem pretensão nenhuma...posso dizer que minha sonoridade é gritante...rs...beijooo adorei o texto.