quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ausência


Mais que tua ausência,
marca forte minha boca
aquele sabor de noite, de bruma,
o cruel açoite daqueles ventos,
que juntos arrebatamos.
Ainda ardem nos meus olhos
aquelas tardes frias
que insistimos em desafiar.
Pesam ainda em meus ombros
aqueles coloridos sonhos e
aqueles desbotados dias
que escorriam por entre nossos dentes...

Mais que tua ausência,
sinto falta de mim!
Ilustração: dialogos-impertinentes

19 comentários:

Vivian disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vivian disse...

...gosto das ausências.
elas adubam e fertilizam
o terreno onde reflorescerá
flores perfumadas de um
colorido amor.

gosto...

bjuuuuu

Denise disse...

A pior ausencia é a da gente mesmo.

tenho estado tão comigo e ando tão em contentamento.

Sempre lindo aqui

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá Rangel! É, são marcas que ficam para que possamos no futuro, deliciarmo-nos com belas e prazerosas lembranças.

Passa lá, pois tem uma boa dica de leitura. Não sei se faz seu gênero.

Abraços,

Furtado.

Anne M. Moor disse...

Rangel,
Sacode os ombros pra fazer voar os pesos... Sentir falta da gente mesma é o começo da volta!

Beijos saudosos :-)

Anônimo disse...

Ausência tem sabor de saudade...
Minha boca vive com esse gosto...

Sucesso sempre poeta querido...




Beijo

Nanda Assis disse...

muito emocionado e real.

bjossss...

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Mline disse...

Viver a ausência é talvez a maior das tormentas nessas horas as noites são de uma inquietude d’um silêncio ensurdecedor, amargo, doloroso. Linda tradução de sentimentos....Rangel...Adorei.

Anônimo disse...

O amor, de tão entranhado no corpo e na alma, quando o ser amado se ausenta, permanece tão presente no que fica, a ponto daquele que ficou já não saber se permaneceu ou se a sua alma partiu junto com o outro. Mas, sentir saudade de si mesmo é o primeiro passo para a libertação.

Belo poema!

.:.Isabel.:. disse...

Caí aqui por acaso e peço licença para comentar.
Gostei muito das suas letras. Belo blog!

Wanderley Elian Lima disse...

O poema é lindo acompanhado de uma imagem perfeita.
Bjs

Serena Flor disse...

Eu por minha vez sinto ausência do amor...
Um beijo e um belo dia Rangel!

Helena Figueiredo disse...

Caríssimo Rangel,
Parabéns pelo seu blog, onde a poesia jorra constantemente como a fresca água da fonte.
Saudações cordiais
aqui de Portugal

M. Nilza disse...

Bom dia!

Lembrei-me de vc, especialmente, nessa manhã.

Beijos

Lu Nogfer disse...

Olá doce poeta,
Sabia que o titulo de tua poesia está combinando muito comigo!?Parece que captou no ar neh garoto!?rs!
Poesia linda como smpre!

Vou me ausentar por um tempinho,falei no ultimo post lá!
Mais que minha ausência,
sentirei falta de voce mas virei sempre que der matar as saudades!

Doce bjo!Até

Unknown disse...

É mesmo a falta que sentimos de nós por onde devemos começar.

Depois de todos e tantos avisos do que íria acontecer não consegui evitar o inevitável.

Cruzámos caminhos na pior altura quando perdi o que mais amava na vida.
Esta tristeza e dor levaram os meus desabafos anónimos, incompreensíveis desesperos ao papel virtual na tentativa de aliviar sózinha sofrimento.

Claro que nada adiantou, não me importei de ser reconhecida, indiferente a tudo o que me rodeava concentrada apenas em mim, alheia a todos.

De repente um mundo de conhecidos e desconhecidos, menosprezavam, criticavam,desconfiavam, maltratavam e magoavam sentimentos e sofrimentos alheios e ainda exigiam impossíveis.

Queria clarear e justificar situações e mal entendidos, partilhei e confidenciei a alguém a minha dor em hora de aflição.
Esperei compreenção, discrição e respeito...

Aos poucos entendi que certos cruzamentos tiveram de acontecer exactamente assim como sucederam, estou grata por isso, de outra forma teria levado mais tempo para lembrar do meu Porto Seguro, que afinal sempre esteve lá para mim.
Deu-me força, voltei a sorrir e a serenidade para atingir objectivos e outras coisas boas que me tem trazido.

Entretanto tempestades de acontecimentos inoportunos, inesperados, estranhos, por vezes perto, a maioria das vezes longe da verdade (esteve sempre escrita e perto) e do tempo, sem perceber como e porquê cresciam devaneios, fantasias, sonhos, lindos versos que brindavam bonitos gestos de afecto. Era a forma de alguém ver e sentir, mesmo que desfocado da realidade (sentido virtualmente apenas a UM sem diálogo consistente ou de projecção coerente) , sempre respeitei e agradeci.

Incomodava-me, quando mais tarde me encontrei, e consegui perceber e sentir cada sentimento, cada necessidade por trás deles e pouco poder fazer ou retribuír.
Tudo o que fazia, não travava, nem aliviava desenrolar de sentires. Piorava.

Passei por cima de tudo de situações que noutras ápocas seriam impensáveis e insustentáveis, bastariam para NUNCA mais me 'dirigir aqui'.

Hoje depois de ter perdido o que mais amava, tudo é tão insignificante, já difícilmente algo me move ou magoa definitivamente, a capacidade de compreenção é imensa e surpreende-me.
Tento cuidar o melhor que posso para não magoar e ajudar os outros nem sempre o consigo, mas acompanho o ritmo de desenvolvimento de quem quero bem, sou muito mais tolerante com as asneiras, atrocidades, formas de ver e sentir, maldades, invejas e outros, ignoro sempre que possível e isso agrada-me.

Penso que só o silêncio, o tempo e o afastamento voltará a repor a Paz que já sentimos.

Nenhum sentimento platónico ou virtual é eternamente igual, intensifica-se pela forma como o tratamos ou suaviza se o descuidamos. Quando vivemos intensamente desejos, sentimentos profundos é uma dádiva única, poucos o sentem e reconhecem, que guardamos para sempre.
Quando por diversas razões, não os vivemos e partilhamos, transformamo-los, abrem-nos caminhos para outros, cada vez mais elevados incomparávelmente compensadores se os procurarmos viver numa REALIDADE possível.

Estes são os meus sinceros desejos de um caminho amadurecido, que se abra maiores horizontes para que possas viver a tua felicidade bem a MERECES.

Beijo amigo

Úrsula Avner disse...

Caro poeta, mais um poema onde seu eu-lírico extravasa e alça voo longo, levando-nos contigo a um universo interior pleno de ricos e profundos sentimentos. Belo ! A imagem ficou perfeita. Um abraço.

Graça Pereira disse...

É terrível esta ausência de nós, tão bem mostrada naquele casaco sem corpo (belissíma foto) onde sobressaiem apenas as mãos cruzadas talvez para esconder a "nudez" de um corpo vazio!Depois...as palavras, a construirem toda a trama, que é drama de muita gente.
Um bj e bom fds Graça

Sônia Brandão disse...

Difícil colocar em imagens a sensação de vazio, de ausência. Você conseguiu.
Gostei muito.
bjs